quinta-feira, 21 de junho de 2012

Talvez

Talvez ele pense em você. Talvez ele sonha contigo quando fica sozinho. Vai saber. Talvez ele te procure nas redes sociais, só pra saber o que você anda fazendo, agora que está sem ele. Talvez ele esteja lendo aqueles bilhetinhos que você deu e que ele vivia dizendo que eram idiotas (e eram mesmo, você nunca foi muito boa com as palavras). Talvez ele ainda tenha aqueles desenhos ridículos que você fazia e dizia que eram vocês.

Talvez ele ainda escuta a música de vocês, quando fica sozinho. Talvez ele ainda te procure pelos lugares que vai. Talvez doa nele também, já parou pra pensar? O modo como terminaram, as palavras duras que trocaram, o jeito como saiu da vida dele. Talvez ele só esteja se fazendo de forte porque é isso que esperam dele.

Talvez ele esteja bem, é verdade, mas isso não quer dizer que ele não sinta sua falta. Falta dos seus sorrisos. Falta de seus olhares apaixonados. Falta de como você falava o nome dele. Falta de seu perfume. Por que não? Talvez ele só esteja seguindo em frente porque acredita que você está fazendo isso.

Talvez ele pegue suas fotos, passe os dedos pelo seu rosto e pense em como você era perfeita. Perfeita para ele. Perfeita pra fazê-lo feliz.

Talvez ele sorria, comemore, finja que não dói, que não machuca. Talvez ele finja que não sente e finja que não finja. Como você pode saber? Talvez ele pegue o celular e digite seu número, mas desista porque acha que você não vai querer mais (afinal não foi você quem disse com todas as letras que ele não te merecia? E talvez ele não mereça mesmo.).  Talvez ele espere que você liga, que você procure, que você peça para voltar.

Talvez não tenha sido as brigas que te afastaram. Nem os sumiços que ele dava. Nem o futebol pelo qual te trocou várias vezes. Talvez tenha sido o orgulho. Seu e dele. Que impedem vocês de lutarem pelo amor.

Talvez o que falte seja coragem e vontade. De correr atrás do que querem. Talvez, quem sabe, o amor de vocês nem é tão forte assim. Ou talvez seja, quem vai saber?

Talvez vocês se encontrem, por acaso, e percebam que o tempo não passou. Ou talvez concluam que o tempo foi crucial para o fim de uma história de amor. O tempo. E o orgulho. Talvez.

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