Não Sei O que Falar

Não sei o que falar, não sabe o que sentir. Tenho tantas dúvidas que eu me perca em mim mesma. Você era tão presente, tão ao meu lado, tão comigo. E agora? Agora?! Ah o agora. Te vejo caminhando para longe, escapando dos meus dedos, se distanciando do meu abraço. Será isso o fim ou o começo? Não sei dizer ao certo. São pensamentos que me perseguem que me seguem como sombras.

O que sentíamos parece estar se dissolvendo. Não sei se me mantenho fria a isso ou se me permito sentir tudo a minha volta. Já sofri tanto. Você prometeu que não me faria sofrer. Será que se esqueceu de sua promessa? Nos comprometemos a ser fieis um com o outro, verdadeiros aos nossos sentimentos e realistas com o nosso relacionamento. Não sei se somos assim. Parece que caminhamos em cacos de vidro, tão delicadamente e suavemente. Nosso terreno é incerto e caminhamos cuidadosamente por ele. Você esta tão morno. E eu odeio pessoas mornas. Quero paixão e não indiferença. Não quero silencio. Quero gritos, berros e muitas palavras. Quero presença e não distância. Quero você e mais ninguém.

Será que é muito o que eu peço? Não quero você pela metade. Quero você inteiro, ao meu lado, constante em minha vida hoje, aqui e presente. Não é muito. Não quero duvidas, nem incertezas. Quero amor e paixão. Quero beijos roubados e pernas entrelaçadas. Quero sentir tudo ao mesmo tempo, seja dor ou felicidade. Não quero fugir do que eu sinto. Cansei disso.

Quero um homem que rompa minha barreiras, que derrube minhas duvidas e me conquiste dia a dia. Não aceito meio termo termos. Ou é oito ou é oitenta. Quer ou não quer. Se não quer, ande, pois querido, eu não vou ficar com algo morno. Não tenha dó. Me faça sentir. Minha vida não vai acabar com a sua saída. Vou caminhar em uma nova direção. Sua presença não será apagada, pois você foi e é parte de algo que eu sou agora. Você é o meu passado e o meu presente. Mas o futuro a tudo depende. Não me congele, apenas me esquente.

“Isabela Espíndola, bauruense de nascença, são-carlense por criação e campineira por escolha. Internacionalista formada e economista em processo. Viciada em livros e viagens e com um livro semi acabado doido para ser publicado. Apaixonada por romances e cansada de esperar o príncipe encantado”

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