Dei mil voltas para me distanciar, e tudo o que consegui foram mil e uma revoltas para ti.
Caminhei. Corri. Parei.
Uma pequena parada para respirar e pronto. Era você que eu via em todas as partes. Fechei os olhos e me deparei com seu - tão meu - sorriso preferido tatuado na lembrança.
Voltei a correr e tropecei no seu pé calçando all-star. E o você do meu tênis preferido me segurou para que eu não caísse. Agradeci e segui meu caminho (tentando não olhar para trás).
Mais adiante, qual não foi minha surpresa ao te reencontrar todo concentrado lendo seu livro preferido, sentado em um banco e alheio a toda essa loucura da cidade que não quer saber de parar. Eu sorri involuntariamente porque sei que você leu esse livro mais vezes do que realmente gosta de admitir. E mesmo tentando fugir, eu te encontrava. E me escondendo, você me achava.
Te encontrei também em uma sexta à noite, em um tipo de lugar que sei que você odeia. Estavam lá você e sua cara de quem preferia estar lendo aquele livro de sempre.
Porém dentre todos eles, o melhor encontro foi quando te vi com aquela camisa horrenda do seu time acompanhada daquele sorriso que você só dá quando finalmente vencem um clássico - ainda que ele seja um jogo perdido em meio a uma rodada qualquer para dois times de meio de tabela.
E nesse momento eu até ensaiei uma felicidade.
Não sei se pelo seu time, por seu sorriso, ou por ainda continuar te encontrando em rostos e sorrisos que eu sei que não são seus, mas que me fazem revoltar para você até quando eu tento que minhas voltas me ajudem a fugir.
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