segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Que Houve Com A Gente?



Eu achei que a gente seria para sempre. Tá legal? E você pode dar esse sorriso que você sempre dava quando me achava idiota. Até eu me acho idiota quando penso que um dia acreditei que seriamos para sempre. Logo a gente. Você e eu. Que nunca passou mais do que uma história torta escrita entre parênteses. Eu li muito conto de fada e sonhei que você seria meu príncipe. E eu te amei querendo ser sua princesa. Não fui. E perdão por isso. Por isso e por toda a dor que te causei. Você me causou muita dor também e a gente bem sabe. Mas não é sobre as feridas que abrimos que quero falar. Eu tô escrevendo essas linhas para te perguntar só uma coisa, uma coisa que eu me pergunto todos os dias e não encontro resposta: o que houve com o amor?


Aquele que um dia nos invadiu por completo e quase nos matou afogados? Aquele amor doentio, aquela necessidade absurda, tudo aquilo que sentimos e que juramos que nunca ia ter fim? Se cansou dos gritos e das acusações e foi embora, no meio da noite, enquanto eu me agarrava no seu pescoço impedindo de você mesmo ir? Ou quem foi embora foi apenas você sem voz e sem força para tentar me mudar e me modelar a sua vida, a seu jeito e as suas manias? Ou fui eu mesma, em minhas fugas, em meus esconderijos, em meus sorrisos fingindo que nada daquilo me magoava, que cansada, parei mesmo de ouvir tudo o que você gritava, e tranquei a porta? Onde foi parar seus olhares apaixonados e aquele sorriso lindo que você dava só a mim, quando eu falava alguma idiotice como achar que seríamos para sempre? Onde foi parar meu próprio olhar feliz e aquelas risadas histéricas que só você arrancava de mim e que nunca mais dei depois que tudo acabou? Você já se perguntou tudo isso ou sou apenas eu, aquela bobinha perdida em meus contos de fadas, que ainda tenho essas dúvidas rondando por aqui? Eu me pergunto sempre já que não fomos para sempre. O que houve com a gente? Com aquele amor? Como pode tudo o que sentimos, vivemos e prometemos, ter morrido?

Mas a verdade é que apesar de tudo, eu ainda penso em você. E em você junto a mim formando um desses casais idiotas que vejo pela rua. Ela com aquele sorriso lindo que ofusca o brilho do sol. Ele com aquela mão protetora a segurando e a protegendo de qualquer mal. Quando, na verdade, você foi o meu mal. E eu ainda sinto você. A noite, sozinha, na cama não mais vazia e ainda assim sem você. E tenho medo de não conseguir te esquecer. Mesmo estando com ele. Mesmo você estando feliz com ela. E sei que está com ela só para conseguir me esquecer também. E é só mais uma das mil e uma tentativas, ela não é a primeira, não será a última e eu sou sempre aquela por quem você precisa lutar para não querer. E sei que por trás de seus sorrisos frios, do seu coração cruel com a nossa história, você sabe que eu te amei do meu melhor jeito. Pode não ter sido o melhor ou como você queria. Você também não foi o que eu quis. Nem a nossa história. Nem esse amor que ficou e não bastou. Eu tenho seu amor aqui, eu sei que você carrega o meu no seu coração ferido e nesses olhos marcados pelo pesar de um relacionamento que não foi feito para dar certo e por isso nunca deu certo.


Não deu certo por vários motivos e eu sempre entendi. Entendi, também, que não fomos feitos para ser para sempre. Que não ia envelhecer ao seu lado, que, nem ao menos, seriamos aquele casal que desfila por aí e parecem se amar de verdade. A gente se amou de verdade, mas não bastou. Talvez, um dia, você entenda que eu te amei muito. Muito mais do que um dia esse sentimento coube aqui, dentro de mim. E perceba que não adianta procurar em outros beijos, outras carícias, outros sorrisos dados só a você, não há alguém que vai te amar melhor. Ainda com todos meus defeitos, minhas falhas, minhas feridas e minha doença de não saber amar. Disso eu entendo bem, bem mais, até, do que eu queria e do que posso suportar. A única coisa que não entendo de tudo o que sobrou aqui, e que nunca entenderei, é: o que houve com todo aquele amor que um dia nos juntou? Como foi que ele pode morrer?


¿Qué fue del amor que un dia nos unió? ¿Cómo pudo morir?
Para mí, fue mucho dolor y siento temor de no poderte olvidar.
Pero yo sé que en el fondo de ese cruel corazón
Tu pasión sigue siendo mi amor y que al final del camino
Tu reconocerás que no del todo me has podido olvidar.
Que Fue Del Amor

6 comentários:

  1. Aff, Nanda! Lendo esse texto só me veio a memória uma pessoa... E hoje tudo indicada que a distância nos venceu. Tão triste, né? Até hoje penso como seria estar com ele agora. :/

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  2. Oiee Nanda, vim aqui avisar que seu texto apareceu lá no blog.
    Obrigada por participar.
    Beijos.

    sonhosdegarota.blogspot.com.br

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  3. minha história escrita e desenhada.

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Comentários

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