sábado, 7 de dezembro de 2013

#PONTODEVISTA O Nado Da Traíra

Este texto foi desenvolvido em cima das perguntas do #PONTODEVISTA
já postado aqui. Se você ainda não leu, #VEM e clica aqui



Traição. Parece um aumentativo. Dá até um peso à estrutura da palavra. Que poderia ser uma das razões pela qual tanta gente acha que esse é um tema controverso. Outra parte das pessoas, eu acho, se espantam com a possibilidade de tal tragédia acontecer com elas. Só que toda a relutância ao tema não impede que a ação seja amplamente praticada por aí.

Sou bem avessa a lições de moral, logo, não pretendo fazer desse texto uma delas. Até porque, cá entre nós, não posso ser a primeira a atirar a pedra. Só estou aqui, como todas as outras, tentando entender.

Uma vez Samatha Jones disse que o ato da traição só é definido pelo fato de sua descoberta. Na hora que eu a ouvi falar isso no meio das ruas de Nova York sem nenhum indício de culpa eu achei interessante e resolvi guardar isso em mente.

Mas algo me incomoda ao pensar que a traição só vai ser classificada como tal caso seja descoberta. Não seria a traição uma quebra em alguma relação – seja ela qual for – em paralelo à outra?! Regras foram rompidas. Sei que na Era das Relações Aleatórias as regras podem variar muito de uma para a outra e nem sempre ficam cem por cento claras. Pois para mim é aí que mora a definição da traição, na consciência da quebra das regras. Ainda que às vezes elas sejam obscuras.

E não vão pensando oh-tão-espertinhos que o contrário, a inconsciência, pode ser justificada pelo álcool. Por favor, assumam a consequência de seus atos, mesmo que eles sejam inconsequentes.

Ainda assim, consigo entender porque Samantha acredita na teoria dela. Ora, ela é uma garota esperta. Se ela trair, vai fazer bem feito e ninguém vai saber, então, aos olhos de todos vai ser como se nada tivesse acontecido. Simples assim. No mundo das aparências.

Já eu, contradizendo o que disse há pouquíssimas linhas atrás, sou mais moralista que isso ao acreditar que o(a) traíra vira peixe no momento da trairagem. Apesar dessa expressão nunca ter existido, vocês entendem o que eu quero dizer? Nem antes nem depois. E sim naquele exato momento.

O que me leva a outro ponto. O ponto anterior. Sempre tem um “antes” antes de toda relação. E geralmente ele contém outras pessoas. O que é normal. Eu, particularmente, crucifico gente que começa a namorar e esquece do mundo lá fora. Não acho saudável e ainda por cima de mau tom. Por isso não espero que ninguém que esteja comigo se afaste das pessoas que ele costumava estar. Essa não é uma cláusula prevista no Contrato das Minhas Relações Imaginárias. Mas vocês ajam conforme vocês acharem melhor.

Só quero explicar, já que tenho esse espacinho aqui, minha opinião sobre “manter os outros na frigideira”, que, a propósito, é uma péssima expressão. Tanto quanto o hábito. Acho que vai da índole pessoa. E da sua também, se você pratica esse cozimento.

Tecnicamente isso não se enquadra no meu conceito de traição, mas creio que é uma prática prejudicial à relação, ao relacionado(a) e, claro, ao fritado(a). Que, aliás, não tem nada a ver com isso, com a relação, quero dizer. Mesmo que a fritura tivesse passado do ponto e dois se queimassem. Isto é, falando hipoteticamente, caso isso acontecesse comigo.

Embora eu não acredite que seja meu papel prever qual vai ser minha reação se algum babaca resolver me trair; até porque se eu cair na asneira de entrar num compromisso com um babaca há altas chances de ser um babaca que eu goste. E não posso adivinhar os movimentos involuntários do meu coração. Quem dirá os seus. Por isso não vou ficar divagando sobre posturas mais ou menos dignas diante do desconforto de ser traída. Principalmente porque, convenhamos, não importa o quanto eu escreva ou o que você vai achar desse texto. Pessoas continuarão tendo sua própria opinião, mantendo “outros na frigideira” e traindo.

E eu continuarei chamando todos eles de babacas.



Um comentário:

  1. Relações são construídas com olhos nos olhos, com mãos firmes segurando-se, com suor, pele e muito mais. Tudo isso em relações verdadeiras, acontece, não por ser gostoso, mas por fazer bem. Quando sabemos que vamos abrir os olhos e vai valer a pena olhar para o lado.Quando o sorriso sai de você, só porque existe a possibilidade de se repetir tudo mais um dia.
    Porém, quando surge algo que não é verdade, tudo acaba. É como uma miragem, bonito aos olhos mas não está lá.
    Não sei em que período vivemos, ou quais são as regras do jogo que estão na moda. Só quero abrir os olhos de manhã e saber que que valeu a pena ter amanhecido e que terei mais um dia.
    Desculpem pelos erros de gramática mas o Sr. Red Label me tira um pouco da concentração.

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