sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Que Ninguém Te Conta Sobre O Amor



Tem sempre alguém que me pergunta como eu consigo escrever tanto sobre amor. Escrever sobre amor é fácil. É só juntar um monte de letrinhas, fechar os olhos, deixar o sentimento fluir. É fácil fazer um texto quando não se tem um destinatário. O difícil mesmo é falar pra quem está ali pra te ouvir.

Escrever sobre amor é fácil. Difícil é amar no dia-a-dia. Quando a vida aperta, o tempo fica escasso, o fim de período chega ou o dinheiro acaba antes do fim do mês. É fácil sorrir pras fotos, se declarar por meio de textos, músicas e poemas famosos. Difícil mesmo é se declarar com os olhos, com sorrisos, com abraços apertados e ser compreendido no silêncio.

O amor é fácil. Difícil é amar. Amar é atitude, é escolha, é tomada de decisão todos os dias. Amar é escolher a pessoa mesmo que ela aja como um babaca, mesmo que ela te tire do sério, mesmo que enlouqueça você. Amar é ficar com a pessoa apesar de. Apesar das dificuldades, das discrepâncias, das ideias diferentes e da escolha partidária. 

Amar é escolha diária. É entender que, com sete bilhões de oportunidade no mundo, a pessoa que está com você ainda continua sendo sua melhor opção.

Escrever é tranqüilo. É fácil. É só imaginar alguém perfeito para escorrer todo amor, ou alguém totalmente imperfeito para expor toda a sua raiva. Difícil é amar quando a gente fracassa, quando o ciúme irracional aparece, no meio de uma briga ou numa troca de ofensa. Difícil é ficar junto quando a coisa aperta. Quando a família não aprova. Quando tudo parece dar errado e você acha que vai desmoronar. Difícil é decidir segurar o teto mesmo desmoronando só porque, apesar de tudo, aqueles braços ainda é seu melhor lar.

É fácil amar na aliança no dedo. Difícil é ser unido no coração. Difícil é se entregar completamente a essa pessoa que seria a única do mundo que realmente pode te destruir, se quiser, e, mesmo com medo, amar. Amar é se jogar de uma altura que você não conhece para cair no chão ou numa cama elástica. Amar é perder medo. “Toda covardia vem de não amar, ou de não amar direito, o que dá no mesmo” foi dito num dos meus filmes preferidos.

Amar é um risco. Um risco que você aceita todos os dias encarar.

Mas amar é lindo. É lindo você ter um número para ligar quando está desesperado, só para desabafar. É lindo ter alguém que se importa com você, que te cuida, te mima, te abraça e não quer te soltar. É lindo quando você finalmente acha a canção da sua vida – a voz, a risada do outro. É lindo mais do que ter alguém, amar o que se tem. Além das declarações, das fotos sorridentes. É lindo escolher aquela pessoa mesmo quando ela está desarrumada, sem maquiagem, com o cabelo bagunçado, sete horas da manhã de uma quinta-feira. É lindo saber que o melhor programa é estar com essa pessoa – seja viajando para Paris ou jogados na cama vendo um filme ruim.

O amor é sentimento. Amar é atitude. É por isso que o amor é fácil e amar pode ser complicado. No fim das contas, é como eu sempre digo: amor é como uma panela de brigadeiro. Não importa se você está de dieta ou satisfeito com o almoço, se te oferecerem: aceite.

Mas lembre-se, as melhores coisas da vida só acontecem quando compartilhadas.

Por isso, ame apesar de todas as dificuldades. E principalmente, deixe-se ser amado, apesar de todas as suas dores de traumas passados.


Feliz dia dos namorados pra todo mundo que tem um parceiro, um amigo, um ombro e um abraço para se esconder quando a vida aperta - com ou sem declaração nas redes sociais.

PS: o desenho ali em cima foi feito pelo meu namorado, no começo do namoro, há um ano e meio atrás e sou ele e eu. Ele não é um amor? *-*




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