domingo, 17 de março de 2013

Aos Que Desacreditam No Amor






Outrora eu escrevia sobre o amor, transcrevia a paixão. O papel era capaz de ouvir os batimentos do meu coração. Fechei-me, passei a escrever sobre o que me restou, descrevendo os sentimentos conturbados que me acompanharam em meu caminho. Era como um jardim, que aos poucos ia morrendo. Mas eu o regava, admirava cada flor, cuidava para que os espinhos não me arranhassem. Porém, por um descuido eu me feri.

Reguei as flores com o meu próprio sangue. Dei cor a elas, fiz com que tivessem vida, e sei que eram felizes. O vento batia e eu as via dançar, pétalas coloridas alegravam os caminhos, enfeitavam o chão, faziam os pássaros cantar!


Mas naquele dia ventou demais, e após uma profunda tristeza o jardim perdeu a cor, secou, nele só restaram os espinhos. Já não era mais bonito, tampouco vivo. Assim como o amor, que foi enterrado nesse mesmo jardim.

As estações mudaram, as folhas secas caíram, vieram as chuvas, o sol, e novamente a primavera... Nova vida! O tal do amor ainda está enterrado ali e eu posso sentir o ar pesado quando ouso caminhar pelas flores. Temo pelos espinhos. Mas as cores são tão vivas, as pétalas tão perfumadas que acho que entendi o que queriam me dizer. O jardim superou a tristeza e agora está ainda mais encantador.

Senti uma gota d’água em meu rosto, olhei para o céu e vi as nuvens carregadas. A tempestade veio pra lavar a minha alma, renovar minhas esperanças e, novamente, brotar o amor em meu coração.

Tempo! Como eu lhe admiro! Com paciência libertou meu coração. Todos aqueles sentimentos conturbados dissiparam. Um vento me trouxe a calmaria, que agora se faz presente em meus dias. Hoje tenho o amor como uma constância em minha vida; com ele sinto a verdadeira paz que me faz enxergar a beleza dos detalhes... E hoje, é isso o que mais me fascina!




Isabela Corrêa é mineira, taurina, estudante de direito, fascinada pela natureza, encantada por livros e atleta do time de RUGBY da Universidade Federal De São João Del Rei. Ao mesmo tempo que é tímida, é a mais extrovertida com os amigos -dos quais, vale lembrar, ela não vive sem - Em momentos difíceis faz da escrita seu refúgio e compartilha seus rabiscos no recanto das letras (eu se fosse você corria lá para ler mais)




Se você escreve e quer ver seu texto publicado aqui, basta mandar para meu e-mail nanzcampos@gmail.com e aguardar minha resposta!

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