Eu achei que fosse você assim como achei que fosse todos os
outros. E chorei como se tivesse sido. Até perceber que você era apenas mais um
de sorrisos falsos, de declarações fajutas e de beijos efêmeros. Era só mais um
idiota pelo caminho e eu, idiota que fui, me deixei acreditar. A verdade talvez
seja mais dura do que apenas uma desilusão, pois ilusão é que eu, em meu
desespero de ser entendida, cuidada e amada, vou me deixando acreditar nos
primeiros olhares e nas primeiras conversas. E nesse desespero afasto de mim possível
candidatos.
Você foi apenas mais um. E podia mesmo ter sido você, com
seus sorrisos, seus olhares, seus carinhos e seus ombros leves. Ou talvez foi
só meu desejo de querer que tivesse sido você. E teríamos uma casa, dois filhos,
um carro e muito amor. E riríamos e seriamos felizes. E lá íamos, crescendo
juntos, mudando juntos, envelhecendo juntos. Eu achei que fosse você como achei
que havia sido tantos outros, nas minhas tentativas de cruzar com esse tal de
amor em qualquer lugar; na padaria, na esquina e até no supermercado. E quanto
mais procuro mais me iludo e mais me perco. E a cada perda vou percebendo que é
cada vez mais eu e talvez sempre será eu e meus problemas, eu e meus dramas, eu
e as dores que carrego por aqui. E que, ainda que tenha sido todos os outros ou
você, ninguém dividiria esses pesos comigo. Porque, no fim, esses pesos são
apenas meus.
E, no fim, também, poderia ser eu a sua nova namorada, a
dividir uma vida e o meu amor, ao invés de ser ela ou todas as outras. Poderia
te fazer feliz e você sabe disso. Mas não
foi e o fato de me questionar por que nunca é, nunca acontece, ou nunca dá
certo comigo, não muda nada. Não foi você e eu poderia estar me doendo por
isso, mas cansei de chorar à toa por todas as ilusões que me faço, por você e
todos os outros que passaram por aqui e simplesmente não foram.
Dispensei o “era uma vez” há muito tempo, mas ainda procuro
pelos “felizes para sempre”, sem perceber, talvez, que o único para sempre aqui
é a minha ilusão de achar que é sempre o próximo que será o meu você.
"Dispensei o “era uma vez” há muito tempo" Somos duas, Nanda. Somos duas...
ResponderExcluirAmo seus textos <3
nerdsdesalto.blogspot.com
<3 oun
Excluire eu não sei se ter dispensado é bom ou nao hahahaha
"E a cada perda vou percebendo que é cada vez mais eu e talvez sempre será eu e meus problemas, eu e meus dramas, eu e as dores que carrego por aqui. E que, ainda que tenha sido todos os outros ou você, ninguém dividiria esses pesos comigo. Porque, no fim, esses pesos são apenas meus."
ResponderExcluirç.ç texto lindo, totalmente minha cara. Parece que vc adivinha o que suas leitoras passam Nanda, acho que já disse isso antes hehehe
Parabéns por este dom.
hahahaha porque eu acho que as pessoas passam mais ou menos a mesma coisa que eu passo, porque somos todos clichês
ExcluirEsse segundo parágrafo foi o que mais me encantou no texto, pois foi nele que eu mais me vi. Lindo, como sempre.
ResponderExcluirhttp://domingo-chuvoso.blogspot.com
O segundo parágrafo é o melhor mesmo :d
Excluirain, sua fofa
ResponderExcluir<3
obrigada
Dispensei o “era uma vez” há muito tempo, mas ainda procuro pelos “felizes para sempre”, sem perceber, talvez, que o único para sempre aqui é a minha ilusão de achar que é sempre o próximo que será o meu você.
ResponderExcluirOMG, sou tua fã Nanda <3
ai sua linda <3
Excluirtodo amor do mundo pra ti
"eu achei que fosse você como achei que havia sido tantos outros" // e basta!
ResponderExcluirA verdade talvez seja mais dura do que apenas uma desilusão, pois ilusão é que eu, em meu desespero de ser entendida, cuidada e amada, vou me deixando acreditar nos primeiros olhares e nas primeiras conversas
ResponderExcluirAmei,amo todos os seus textos...
meumundoimpossivel.blogspot.com.br/
oun, obrigaaada <3
Excluir"Você foi apenas mais um. E podia mesmo ter sido você, com seus sorrisos, seus olhares, seus carinhos e seus ombros leves. Ou talvez foi só meu desejo de querer que tivesse sido você."
ResponderExcluirJá posso começar a chorar? Pq tá foda a situação