Será Que Amar É Mesmo Tudo?

Antes de qualquer coisa: eu acredito no amor. E, na minha concepção, amar não é sinônimo de sofrer e sim de felicidade, leveza e sorrisos fáceis. Por outro lado, não acho que amar outra pessoa seja tudo nessa vida. Óbvio que ter um abraço aconchegante no final do dia ou um beijo de bom dia é algo realmente muito gostoso, mas ninguém morre se não tiver isso, certo?! Certo.

Faz tempo que deixei de acreditar em conto de fadas, príncipes encantados e amores perfeitos. Amar é abraço, é beijo, é carinho, é piada numa hora difícil, é resolução de problemas na base do diálogo. Amar é compartilhar, somar, agregar. Amar não é cabeça baixa pra todo e qualquer erro alheio; amar não é preferir ficar com uma pessoa que te faz mal à ficar sozinho. Amar outra pessoa não significa deixar o amor próprio em último plano, muito pelo contrário. Acredito que pra amar outra pessoa, em primeiro lugar, é necessário se amar muito. Se amar o suficiente pra não aceitar menos do que você merece. Afinal, quantos relacionamentos são mantidos apenas pelo medo de ficar sozinho? E se isso acontece, bem, o amor próprio está em falta.

Antes de entrar em um relacionamento pare e reflita: eu realmente gosto dessa pessoa ou apenas estou cansado da solidão? Eu estou preparado pra começar um relacionamento? Eu realmente quero dividir os meus dias com outra pessoa? Bem, se as respostas forem sim, você está apto a se relacionar. Inseguranças existem e isso ninguém pode negar, mas cabe a nós resolvê-las, diminuí-las.

Meu conselho de hoje é pra você que está num relacionamento que te faz chorar mais que sorrir; pra você que está pensando em entrar em um, mas está com medo de sofrer; pra você que tem medo de amar: Se ame! Não aceite menos do que merece. Não permaneça ao lado de uma pessoa porque isso virou um hábito ou parte da sua rotina. Não entre numa relação por carência. Não tenha medo do amor, afinal, amor quando é amor mesmo, não é sinônimo de sofrimento. E por último e não menos importante: Lembre-se sempre que é melhor estar sozinho do que mal companhado.