quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sobre A Minha Grama e a Grama Do Vizinho (ou a sua, vai saber)


Você não me conhece, mas vai me julgar por essas linhas que me será meu cartão de visitas a vocês. A gente faz isso o tempo todo, não é? Antes de descobrir quem fez um texto, avaliamos o português, a concordância, a coerência, as vírgulas no lugar errado, a crase não colocada; antes de começarmos a conversar com alguém avaliamos se vamos gostar ou não de tal pessoa porque ela usa tal roupa, corta o cabelo de tal jeito, e, meu Deus, por que raios fala tanto palavrão mesmo? ; antes de nos jogarmos numa relação, avaliamos se o outro é bonito o suficiente, legal o suficiente, educado o suficiente, atraente o suficiente, bom o suficiente (pasmem, eles nunca são tudo isso aí o suficiente). Fazemos isso sem perceber em uma fração de segundos tão rápido quanto piscar os olhos, dar um sorriso discreto ou parar de prestar atenção numa conversa chata e viajar por dentro de você.

Já aviso: escrevo por aí sem pretensão, só pra vomitar num papel o mundo de sentimentos que tenho aqui dentro. Faço psicologia e amo o curso em que estou (mas as matérias são um porre, às vezes). Dizem que tenho cara de nerd, leio três livros por mês, mas nunca penso duas vezes quando quero matar uma aula. Mato e não me arrependo. Aliás, raramente me arrependo. Tenho 22 anos e só entrei na faculdade depois de várias tentativas. É, sou persistente. Queria a Federal e não descansei até conseguir. Ser teimosa tá no genoma da família: não deu pra escapar.  Tenho duzentos mil sonhos, mas finco os pés no chão. Não quero “chegar lá”, seja lá onde é que querem que a gente chegue com esse termo. Aliás, o destino tá entre as coisas que mais me irritam na vida. De vez em quando me estresso e penso em jogar tudo pro alto, não nasci com paciência, e sou mimada por natureza de filha única de pais separados criada com uma avó.  Conviva com isso ou, se não suportar, caia fora. Sou chata. É uma grande e primeira verdade da vida que sempre digo pras pessoas. Chata e sincera suicida.


Esse texto foi escrito pro blog Endless Poems, onde colaboro agora todo dia 30
Se quiser ler o resto (e você vai querer né?) só clicar aqui


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