segunda-feira, 10 de março de 2014

Você Me Fez Tão Bem



Você me fez tão bem. Mesmo que não saiba. Pra você, eu sei que sou apenas alguém que passou pela sua vida. Sei que sou apenas mais uma. Ou melhor, que fui apenas mais uma. E nem sei se ainda se lembra de mim.

Na verdade, nem ao menos sei por que achei que comigo seria diferente. Tudo o que eu pensei na hora, foi em como era bom ficar ali, com você.

Tudo bem, talvez eu esteja exagerando. Um pouco. Afinal, sempre soube que seria assim. Que terminaríamos assim. Um caso simples, descomplicado, sem paixão. Afinal, tudo o que tínhamos era desejo, vontade, tesão. Era uma questão de pele mesmo. E foi bem assim. Pelo menos, de sua parte, isso era tudo. E sei que como você, existem tantos outros por ai.

E não é que eu não tenha sido avisada. Porque fui. E muito, viu! Só... não sei. Você me disse que era pra eu confiar. E me entregar, sem perguntas, nem esperanças de um futuro. Confiei. E mesmo que um sexto sentido tivesse ligado aqui dentro, e ficasse piscando em uma placa vermelho neon e gritando um gigantesco “não!”, não prestei atenção. E me joguei. Direto nos seus braços. Nem ao menos parei pra pensar e pesar os prós e contras dessa escolha um tanto amalucada. Simplesmente, fui. E não olhei pra trás. Afinal, o que me interessava a opinião dos outros, de que eu iria me arrepender no futuro, se no aqui e agora, você estava no alcance de minhas mãos?

Acho que devia ter prestado um pouco mais de atenção nos avisos. Afinal, alguma coisa, um tipo de brilho estranho no fundo de seus olhos, queria dizer que quanto mais longe de você, mais seguro é. Algo dizia PERIGO!

Mas acho que até foi bom, sabe? Eu aprendi muito com você, no final. E amadureci, também. Essa história meio que me serviu de vacina pra outros como você. Mas no final das contas, eu não trocaria os meus dias com você por nada. Porque não tem amor certinho, nenhum romancezinho café-com-leite que substitua os momentos em que eu não sabia pra onde ir e deixava você me guiar pra onde bem entendesse. Você me deixava tonta e sem saber o que fazer. Apesar da mágoa que deixou, foi bom. Afinal, quem nunca quis viver um caso com gosto de perigo, adrenalina, se entregar por completo e confiar cegamente (ainda que seja uma coisa absurdamente idiota a se fazer, se o cara não presta) em outro alguém? E você foi esse meu caso. Minha loucura. Minha idiotice. Meu, mesmo que tenha sido por pouco tempo, e mesmo que nunca tenha realmente me pertencido.




Taysa, ou só Tay mesmo, é uma garota sonhadora, irônica, que devia ter nascido em outra época. 17 anos, sonha em cursar direito, e ama ler qualquer coisa que coloquem na sua frente. Tenta escrever, e se tiver uma caneta e um papel, se perde em seu próprio mundo. Quer conhecer meio mundo (o mundo todo, se puder) e viver como se estivesse dentro de um filme. Confira outros textos em seu blog ;)

Escreve e quer teu texto publicado aqui? Manda pra gente! nanzcampos@gmail.com <3

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