terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Resenha: O Maravilhoso Agora

Título Original: The Espectacular Now
Direção: James Ponsoldt
Ano: 2014
Duração: 1h53min
Nacionalidade: Estados Unidos 
Gênero: Comédia/Drama


Sabe quando você vai com muita sede ao pote de água e a água acaba bem rápido e você fica frustado? Esse é o meu sentimento por esse filme. A proposta é bastante clichê, perfeito para o formato que foi feito (para TV), e não é um daqueles filmes que eu reveria. 

Sutter é um cara muito desapegado às responsabilidades e leva uma vida bastante largada. Não liga para os estudos e o que mais faz é sair para festas e beber. Parece que ele é bastante popular (até ficar sabendo que todo mundo só o vê como um bobo), e vive trocando de namorada. No entanto, ainda é muito a fim da ex-namorada, que não quer mesmo mais saber dele. Para tentar esconder toda a mágoa pela garota, ele se afunda em bebidas e, numa manhã, é acordado por Aimee Finnick, uma garota praticamente invisível, mas que acaba atraindo a atenção de Sutter. A relação deles, de colegas para amigos, e depois para namorados é algo que me deixou um pouco inconformada, por mais que a proposta do filme tenha sido essa: o do garoto legalzão apaixonado pela garota solitária. Às vezes, eu tinha a impressão que Sutter não estava realmente apaixonado pela Aimee, que era só uma coisa passageira, para preencher o vazio de sua ex. 

Ao nascer a relação entre Sutter e Aimee, nota-se as diferenças entre os mundos deles. Ele vive para o agora, enquanto Aimee pensa muito sobre o futuro. Ele é um personagem profundo, mas que, talvez por causa de suas bebedeiras, não dá para entendê-lo. Há um conflito familiar, e isso foi o ponto alto do filme. O pai de Sutter não mora com ele, pois sua mãe o expulsou de casa e se recusa a permitir que seu filho fale com o pai. Sutter acha que é exagero de sua mãe, por isso vai atrás do pai. Acho que, por ele ser um garoto, imaginava que seu pai pudesse ser um herói, um cara correto que estava muito arrependido por não ter mais contato com seus filhos. Mas Sutter acaba descobrindo que ele e seu pai têm muito em comum: ambos são desleixados e preferem beber a cumprir com suas responsabilidades. 

De modo geral, o filme é fraco, pois é apenas mais um melodrama adolescente como tantos outros. Os personagens são rasos e pouco explorados (à exceção de Sutter). Aimee é totalmente sem graça e enjoada, não gostei muito dela, pois parece que não tem muita personalidade. 

O ponto alto é que há alguns quotes bonitinhos, bem típicos desse estilo de filmes. 
                                        Curta ser quem você é. Viva no agora.

Todo mundo me diz que eu tenho que crescer, mas o que há de tão grandioso em ser um adulto?

A melhor coisa sobre o agora é que há outros dele amanhã.

 Love
Nina 

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