sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Escrevinhando




Escrever nem sempre é transbordar o que sentimos. Por diversas vezes, é apenas expor um pensamento, uma crítica, um ponto de vista. Não precisamente um sentimento. Vindo tudo de dentro do nosso interior, mas ele não é compostamente coberto apenas por sentimentos, certo? Escrever vai além das expectativas de quem o faz e até mesmo de quem lê. Não é em um único ritmo, nem em um complexo muito perfeito. É um pouco assombroso, chegando bem próximo a um grande suspense.

Escrever é estar bem consigo mesmo e querer passar para o mundo ao seu redor. É também estar mal, e independente disso, querer passar o bem aos olhos alheios. Não tem essa de tempo bom ou ruim. Basta haver um tempo. Um sossego. Um coração. Não há regras, não há limites, muito menos um padrão. Ainda não há lei que proíba expor com palavras sua reflexão. A escrita passou a andar lado a lado comigo. Passou até mesmo a querer andar sozinha por aí usando meu nome em seus dizeres. Passou a ser parte de mim.

Digamos que oitenta por cento do que eu carrego dentro de mim são emoções que transpassam para fora através das palavras. Isso tem um gosto muito bom, um aquecimento insubstituível. Escrever não é apenas pegar uma caneta, um bloco de folhas ou abrir o Word em algum computador e rabiscar as linhas. É mais. É querer tocar o interior de cada leitor. É tentar se mostrar a cada letra exposta. É passar ao mundo um jeito diferentemente único ou não de ver as coisas na vida, é querer se aconchegar na alma das pessoas e levá-las a sentir um pouco da emoção que sentimos.

Escrever se multiplica com a dor. Com a saudade. Com o sentimento. E logo escorre pelos cantos o prazer de desabafar com um interior honrado em contar para o mundo sua experiência, seu caso. Nem sempre é positivo, tão quanto feliz. Está diretamente ligada a face estampada em você, sendo ela verdadeira ou não, pois é efetivamente comandada pelo que sente. É intensamente aventureiro ortografar o que ao nosso conceito é interessante, mesmo sem ter a menor ideia se para o resto da sociedade também será. É explanar uma lágrima, uma alegria, uma felicidade. É ir à busca de um novo fim. Um novo começo. Uma nova história.



Sâmela Faria tem vinte anos, é do interior do Rio de Janeiro e será uma futura psicopedagoga. Ela é dona do blog lindo Escrituras da Alma e, indecisa que deve ser, me mandou dois textos pra participar no UDC como colaboradora. Eu adorei os dois e resolvi compartilhar com vocês ao menos um. 

E você? Tem um blog ou gosta de escrever? Manda o texto por e-mail nanzcampos@gmail.com que eu vou adorar te ler!

2 comentários:

  1. Você por aqui, Sâmela? <3

    Gente, COMO EU AMEI ESSE TEXTO! Cê é uma lindona, juro! Esses textos sobre escrever/ser escritor estão se tornando os meus preferidos, porque dizem muito sobre mim! Obrigada por dividir com a gente um pouquinho do seu mundo! *-*

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Fazia tempo que enviei Nina! Mas já tá valendo a pena vê-lo aqui!!
      Dizem muito sobre mim também, e é por isso que flui tão bem, juro.
      Obrigada você pelo incentivo de sempre e, agora, a Fernanda por compartilhar aqui! <3

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Comentários

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