BláBláBlá Literário: Papel, Caneta e Ação

O Blábláblá Literário ficou um tempo em stand-by, mas finalmente voltou. (fogos de artifício ao fundo). Vim contar pra vocês um livro que foi feito especialmente pro final de ano, com três autoras contando três histórias que se entrelaçam como as vidas delas se entrelaçaram. 

Se interessou? Vem comigo!

Papel, Caneta e Ação é um livro que conta a história de três personagens bastante peculiares. A primeira que abre o livro se chama... Cinderela. Isso mesmo. Cinderela. Mas ela gosta de ser chamada de Cindy, de nada. Cindy era uma desenhista muito talentosa que só precisava de um pouquinho de sorte pra ser descoberta; foi aí que ela começou a ler a fanfic da segunda personagem, Lucy, que nem fazia ideia de que sua história fazia algum sucesso no mundo da internet porque quem divulgava era sua amiga, mas que vivia sonhando em se tornar uma escritora famosa. E não é que ela realmente consegue ser uma escritora famosa tamanho sucesso que faz entre as adolescentes? Faz tanto sucesso que a história vira livro, vira best-seller, vira filme e acaba tendo como a atriz que interpreta o a mocinha do enredo, a Ana Luna.

Um pouco confuso?

Então, vamos por partes.

Cinderela é uma paleta de cores ambulante que acha que toda relação pode ser construída e – principalmente – mantida por computador. É assim que ela conhece Roxy, a menina que divulga o livro da Lucy na internet, e que, num insight criativo, resolve construir a capa do livro – que acaba virando a capa do livro mesmo, quando ele vai pra editora. Assim, rapidamente como o livro de Lucy alcança o sucesso, ela acaba indo com a maré e parando num bureau que tem nada menos que o dono um dos homens mais cobiçados dos Estados Unidos. O problema que o homem mais cobiçado – além de lindo, claro – é extremamente profissional e gosta de manter as equidistâncias dos seus relacionamentos profissionais (seja lá o que isso quer dizer!). Claro que a intempestiva cheia de vida da Cinderela não ia realmente ficar presa nesses... detalhes, não é mesmo? Até porque se ela realmente não se dava conta dos detalhes que as tintas causavam em seus vestidos que rodam em volta dela, nos detalhes de equidistâncias que ela não ficaria realmente ligada.

Na ponta do continente americano, lá no Canadá, Lucy sai da sua vida pacata direto pra sua vida de Best-seller quando sua melhor amiga, a Roxy, envia seu material pra uma editora que aceita publicar sua obra, que, é isso mesmo, entra na lista dos mais vendidos rapidinho. Lucy é uma romântica, no fundo, que sonha em encontrar na vida real o seu próprio personagem criado, Zac, e obviamente, quando ela vê o ator que interpreta seu personagem ser a cara de seu personagem ela fica um pouco... perturbada. Ou ela quer acreditar fielmente nisso. Só porque ela não quer dar o braço a torcer que está mesmo caidinha pelo diretor do seu filme... o arrogante, o insuportável, o bipolar, Nathaniel.

Já a Ana Luna é uma promissora atriz mexicana que está na pindaíba, sem dinheiro nem pra comprar livro, precisando urgentemente de um trabalho. Ela resolve sair pra biblioteca e acaba alugando o livro da Lucy. E, bem, coincidência ou não nunca saberemos, logo depois recebe o convite pra ser a personagem principal. Ela conhece o maravilhoso, gostoso, Ethan, se não fosse uma outra pessoa muito importante na história da Lucy: a vilã, linda e estonteante, Scarlett/Ariana (isso mesmo!).

Essa confusão toda é muito bem desenvolvida pelas três criadoras das três personagens: Aiméé (que vocês conhecem muito bem, espero), Clara e Thati Machado. Três autoras novas no cenário nacional que dominam o tom, a passagem e o enredo muito bem do que colocam no papel. Isso faz com que a possível confusão se torne divertida e a gente não consiga soltar a história antes do fim, só pra saber como que vai chegar no epílogo. Quando a gente vê, a gente já tá no final, torcendo por essas personagens atrapalhadas e seus romances confusos.

Ficou interessada (o)? Eu também ficaria, se fosse vocês. E corria pra Amazon pra comprar um exemplar. Aí cê aproveita e corre pro Skoob pra favoritar, ter, indicar, resenhar, tudo o mais porque oh, chega aqui, vou te dar um presentinho de Natal: comprar esse livro vale muito à pena.

Muito mesmo.