sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

#COMPARTILHANDO : Os Cinco Melhores Livros Que Li Nesse Ano



Ano encerrando, é hora de fazer aquele balanço sobre tudo o que viveu, viu, leu, riu, chorou. Certo? Certo. Então, nada mais justo que o #COMPARTILHANDO dessa semana seja sobre uma das coisas que mais amo na vida e compartilhe com vocês os melhores do ano. Isso mesmo: livros! Livros, livros, livros. Sempre livros. Fazendo a lista de quantos livros tinha lido para escolher os cinco melhores, me dei conta de que li muito menos do que realmente costumo. Se no ano passado eu li por volta de uns 40, 45, esse ano eu não cheguei nem na metade disso. E me deixou meio chateada com o fato de que a faculdade tenha me consumido a maior parte do meu tempo –embora eu ame o curso que faço –a ponto de duas grandes paixões terem ficado renegadas pelo ano (ler e escrever nunca foi tão complicado num ano, gente). Mas, bem, é assim que a gente chega onde a gente quer né? Enfim. Apesar dos poucos livros lidos –por volta de uns 25 –eu montei uma lista bem bacana, com vários gêneros diferentes, pra vocês aprovarem, reprovarem, darem uma lida ou simplesmente verem como meu gosto pra livro é péssimo :P Vamos lá!


5º lugar – Qual Seu Número?

É impossível não rir das histórias de Delilah Darling, uma mulher de quase trinta anos que já se relacionou com 19 rapazes. Dezenove rapazes que não prestavam, diga-se de passagem. Afinal, quem tem um dedo podre pior do que Delilah? Ao chegar aos trinta, ela acha que já saiu com caras demais depois de ler uma matéria que diz que a média de homens para uma mulher de sua idade é de apenas 10,5 e, então, resolve ir atrás dos seus ex para ver se não dispensou algum cara errado e para não aumentar mais sua lista antes de se casar (porque, sim, Delilah, apesar de ser uma mulher do século 21, quer se casar!).

Apesar do final clichê, Karyn Bosnak é muito feliz no tom que escolheu pra contar a história e no jeito com que passa sua moral, assim, meio subliminarmente: por mais que as mulheres tenham ganhado liberdade, ter ido para cama com muitos homens não é muito aceito –nem pela sociedade nem por ela mesma, muitas das vezes –Ainda que essas médias, obviamente, tendem a mentir. Parece que é feio ter transado com muitos em pleno século 21, né? Nessa busca, Delilah acaba fazendo uma descoberta que eu acho que todas deveriam saber: não é importante com quantos você se relaciona, qual é realmente o seu número, mas se esse número te fez crescer de algum modo. Todos os caras com quem Delilah saiu foram caras que ela se ~relacionou~, tentou conhecer, e deu uma chance. Então, errado por quê, né? No século 21, a gente já deveria saber, que é errando que a gente encontra o certo. Bem, eu pelo menos penso assim. Fiquei feliz que Delilah chegou a mesma conclusão que eu no seu final de livro clichê.

4º lugar –Baby Proof

Conhecido no Brasil como Uma Prova de Amor, o último livro da Emily Giffin a chegar ao Brasil (apesar de ter sido um dos primeiros escrito por ela). Obviamente, uma lista minha sem Giffin não é uma lista minha, certo? Certo. Uma das minhas autoras preferidas tem lugar cativo todos os anos nos melhores livros lidos –e no meu coração.

Como esse livro foi um dos primeiros escritos por ela, o tom que ela usa é diferente do tom que ela escreveu os mais recentes –como Questões do Coração e Laços Inseparáveis, os seus dois últimos livros escrito –É um tom mais leve, mais tranquilo de passar a moral que ela sempre passa pelas palavras. Baby Proof (peço desculpas, eu não consigo falar o nome dos livros dela em português, porque, sinceramente, os títulos originais são bem melhores) conta a história de uma mulher que, pasmem, não queria ser mãe. Não queria por motivos do passado que a fizeram ter medo de repetir os mesmos erros de sua própria mãe –uma mãe que, sem dúvida, deixou muito a desejar –Claudia está convicta de que está muito bem sem filhos  e quer continuar assim, pelo resto dos seus dias. E, sortuda que é, ainda achou um cara que também não queria ter filhos.

Tudo parecia bem. Parecia. Até que uma mudança sutil fez todo o casamento perfeito de Claudia e Ben desmanchar como castelo de carta: Ben resolve que quer ser pai. Assim, uma crise é instalada, e, com medo, Claudia não aceita discutir sua posição nem Ben aceita desistir de ser pai e só há uma solução: se separarem.

O título em português –Uma Prova de Amor –deixa bem claro sobre o que o livro é, depois que você começa a ler. Claudia, em seu caminho para tentar esquecer Ben, acaba percebendo que amor requer sacrifícios. Ben, em seu caminho para tentar recomeçar a vida, também chega a conclusão de que o amor requer sacrifícios –e talvez um pouco de conversa. E eles chegam num acordo (que você só vai saber quando ler, é óbvio). E o final dessa história você só conhece por Laços Inseparáveis, porque sim, Emily e sua mania brilhante de voltar com os melhores personagens nos livros posteriores <3

Te desafio a não amar Bem.

Te desafio a não entender Claudia.

Te desafio a terminar esse livro sem se apaixonar pelo jeito franco de Emily Giffin de tratar de assuntos complicados de uma forma simples e clara.

3º lugar –Anjo Da Escuridão

Depois de dois livros leves, apresento a vocês uma das minhas maiores surpresas desse ano. Obviamente, eu já conhecia Tilly Bagshawe, já havia lido a continuação que ela deu ao O Reverso da Medalha –do Sidney Sheldon –e também a incrível história de Depois da Escuridão. Não foi sem conhecimento que comprei Anjo da Escuridão, mas, certamente, não foi esperando um livro tão sensacional que o coloquei na minha lista lá no comecinho do ano.

Para quem não sabe, Tilly é a responsável por continuar o nome de Sidney Sheldon mesmo depois da morte dele. E tem feito isso com grande qualidade. Escutem isso de quem achava cegamente que ninguém no mundo poderia escrever livros com finais melhores do que Sheldon. Fui e continuo sendo surpreendida por Tilly a cada novo drama que ela lança.

Anjo da Escuridão conta a história de assassinatos cruéis, de uma mulher deslumbrante, de um passado sombrio e, é claro, de um herói que está disposto a tudo para desvendar essa trama mortal. Lisa é apaixonante e angelical. Matt Daley só quer saber quem matou seu pai. Intercalando passado e presente, Tilly consegue nos prender na história e, pior, fazer com que a gente acredite na bondade de seus personagens –inclusive na bondade do seu assassino cruel –até o fim. E, mesmo com o fim, é possível que você ainda acredite neles depois de um final causador e conturbador.

Se você ainda não leu, está perdendo uma grande oportunidade de ver uma psicologia pura aplicada do jeito mais doentio e maluco que já vi em algum livro. Até hoje não tenho uma opinião formada sobre Lisa –um anjo endemoniado –E nem sobre Matt –o herói que se tornou um vilão, dependendo de como você leu – A única opinião que tenho é que Tilly merece, cada dia mais, levar o nome de Sheldon em sua capa.

E que você não deve morrer sem ler esse livro, também.

2º lugar: Holocausto Brasileiro

Assustador, maluco, doentio, negro, triste. Real. Insuportavelmente real. Holocausto Brasileiro choca porque não é ficção, não é criação de um escritor maluco. Aconteceu. E aconteceu numa cidade pacata, com poucos habitantes, aqui, bem pertinho da minha: Barbacena. O livro narra a historia do hospital psiquiátrico que lá havia, há um bom tempo atrás, e sobre a crueldade que ali era instalado para com os loucos e, as vezes, às pessoas normais que só foram presas porque desafiavam políticos importantes ou a ordem imposta. Parece exagero falar sobre holocausto, porque a gente sempre lembra da Segunda Guerra Mundial com esse termo. Mas quando a gente lê as histórias, vê as fotos e se depara com a crueldade estampada, a gente percebe que foi exatamente isso que aconteceu no hospital que deveria funcionar para cuidar e tratar dos seus pacientes: um holocausto.

Tive que parar várias vezes a leitura pra respirar pelo que lia. Sabe? Ler várias vezes a mesma parte pra ver se acreditava na crueldade dos homens. Eu terminei o livro questionando até que ponto somos capazes de machucar as pessoas, percebendo que fazemos isso. Até que ponto a gente ultrapassa nosso caráter e destrói a dignidade do outro por tão pouco. Terminei o livro refletindo muito, como vocês podem ver.  Mas deixo aqui uma frase de um psiquiatra sobre o que ele viu nesse hospital psiquiátrico. E vocês concluam o que quiserem concluir:

“Estive hoje num campo de concentração nazista.
 Em nenhum lugar do mundo presenciei uma tragédia como essa” (Franco Basaglia)

1º lugar: A Culpa É Das Estrelas

Tantantan. O livro mais falado do ano, é claro, não poderia faltar na minha lista. Sei que a maioria de vocês já devem ter lido –e se não, são todos idiotas, desculpe a sinceridade –Mas é que é quase impossível não se apaixonar por Augustus e Hazel e sobre uma história com dias contados, e nem por isso menos bonita ou menos intensa. Afinal, alguns infinitos são maiores que os outros, certo?

Certo.

John Green conseguiu combinar frases bonitas, personagens humanos, amor na medida, humor sem medidas com uma dose melancólica sobre algo triste: a morte na adolescência. E faz isso de um jeito que faz com que a gente queira mudar o rumo dos personagens, prolongar a vida deles, achar a cura pra suas doenças. Hazel é quem tem a doença terminal, é quem tem os dias contados, é quem sabe que vai morrer algum dia. Hazel não tem escolhas. Aprendeu a viver cada dia como se fosse o último porque, ela sabe, um dia será, mais do que qualquer outra pessoa saiba. Já Augustus teve um hiatos entre sua doença e sua cura, o câncer sumiu e ele tem mais expectativa de vida do que Hazel. Pois é, mas nem sempre quem aparentemente está bem vive mais do que quem tem seus dias contados, não é?

Acho que a maior lição desse livro –além do amor lindo que os dois vivem, é claro –é que por mais que você seja diagnosticado com alguma doença sem cura com data contada, a gente nunca sabe quem vai primeiro ou quem vai depois. A vida é imprevisível. Amanhã pode ser o último dia de muita gente com saúde e feliz e pode haver muitos dias para uma pessoa que sabe que vai morrer por uma doença terminal. É triste, mas ao mesmo tempo é bonito, sim. Aproveitar cada segundo deveria ser uma obrigação nossa, de todos, com saúde ou não. Além disso, apesar de ter achado que o final poderia ser um pouco melhor, concordo com Augustus. Não dá para escolher se você vai ou não se ferir nesse mundo, mas dá para escolher quem vai nos ferir. E cabe a nós aceitarem.

Hazel aceitou.

Tomara que você aceite as suas também.





Bom, essa é minha lista, nem sempre surpreendente, sobre os livros que mais amei nesse ano. E você? O que leu e o que gostaria de ter lido em 2013? De quais gostou mais? Leu algum da lista e discorda? #COMPARTILHE com a gente, eu tô louca pra saber a lista de vocês também.



6 comentários:

  1. A Culpa é das Estrelas é realmente um livro maravilhoso. O que mais gostei foi que o Green não fez os personagens doentes como heróis, que fazem todos a volta aprenderem e tal e tal - tipos aqueles filmes clichês dos filmes da Sessão da Tarde. Hazel e o Gus são personagens erais, que sabem que são doentes mas não eixam a doença os moldar. Tem vida, humor (a maioria das vezes negro), e não tem aquela ânsia de querer viver o máximo que pode antes de morrer - eles vivem normalmente, como todo nós. É um livro maravilhoso, sem mais, que eu amei <3

    http://inventoafala.blogspot.com/

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    1. Não tem como não gostar de A Culpa É Das Estrelas ne?
      eles são reais demais
      <333

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  2. baby proof, né s2
    eu acho que o que eu mais gostei nessa história da Giffin foi a coragem da personagem em lidar com as situações e a honestidade dela em aceitar os erros. grandes chances de ele aparecer na minha listinha também.

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    1. Giffin s2 hahahahahhaaha
      como fazer uma lista sem Emily, afinal?!

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  3. O único dai que eu li foi "A culpa é das estrelas" e amei! Sou louca para ler algo do Sidney Sheldon.
    Seguindo e curtindo seu cantinho. Beijão,
    destemidagarota.blogspot.com

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    1. Nunca leia Sheldon porque se não você nunca vai parar de lê-lo
      HAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHHAHAHAHA

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Comentários

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