Ano encerrando, é hora de fazer aquele balanço sobre tudo o
que viveu, viu, leu, riu, chorou. Certo? Certo. Então, nada mais justo que o
#COMPARTILHANDO dessa semana seja sobre uma das coisas que mais amo na vida e
compartilhe com vocês os melhores do ano. Isso mesmo: livros! Livros, livros,
livros. Sempre livros. Fazendo a lista de quantos livros tinha lido para
escolher os cinco melhores, me dei conta de que li muito menos do que realmente
costumo. Se no ano passado eu li por volta de uns 40, 45, esse ano eu não
cheguei nem na metade disso. E me deixou meio chateada com o fato de que a
faculdade tenha me consumido a maior parte do meu tempo –embora eu ame o curso
que faço –a ponto de duas grandes paixões terem ficado renegadas pelo ano (ler
e escrever nunca foi tão complicado num ano, gente). Mas, bem, é assim que a
gente chega onde a gente quer né? Enfim. Apesar dos poucos livros lidos –por volta
de uns 25 –eu montei uma lista bem bacana, com vários gêneros diferentes, pra
vocês aprovarem, reprovarem, darem uma lida ou simplesmente verem como meu
gosto pra livro é péssimo :P Vamos lá!
5º lugar – Qual Seu
Número?
É impossível não rir das histórias de Delilah Darling, uma
mulher de quase trinta anos que já se relacionou com 19 rapazes. Dezenove
rapazes que não prestavam, diga-se de passagem. Afinal, quem tem um dedo podre
pior do que Delilah? Ao chegar aos trinta, ela acha que já saiu com caras
demais depois de ler uma matéria que diz que a média de homens para uma mulher
de sua idade é de apenas 10,5 e, então, resolve ir atrás dos seus ex para ver
se não dispensou algum cara errado e para não aumentar mais sua lista antes de
se casar (porque, sim, Delilah, apesar de ser uma mulher do século 21, quer se
casar!).
Apesar do final clichê, Karyn Bosnak é muito feliz no tom
que escolheu pra contar a história e no jeito com que passa sua moral, assim,
meio subliminarmente: por mais que as mulheres tenham ganhado liberdade, ter
ido para cama com muitos homens não é muito aceito –nem pela sociedade nem por
ela mesma, muitas das vezes –Ainda que essas médias, obviamente, tendem a
mentir. Parece que é feio ter transado com muitos em pleno século 21, né? Nessa
busca, Delilah acaba fazendo uma descoberta que eu acho que todas deveriam
saber: não é importante com quantos você se relaciona, qual é realmente o seu
número, mas se esse número te fez crescer de algum modo. Todos os caras com
quem Delilah saiu foram caras que ela se ~relacionou~, tentou conhecer, e deu
uma chance. Então, errado por quê, né? No século 21, a gente já deveria saber,
que é errando que a gente encontra o certo. Bem, eu pelo menos penso assim.
Fiquei feliz que Delilah chegou a mesma conclusão que eu no seu final de livro
clichê.
4º lugar –Baby Proof
Conhecido no Brasil como Uma Prova de Amor, o último livro
da Emily Giffin a chegar ao Brasil (apesar de ter sido um dos primeiros escrito
por ela). Obviamente, uma lista minha sem Giffin não é uma lista minha, certo?
Certo. Uma das minhas autoras preferidas tem lugar cativo todos os anos nos
melhores livros lidos –e no meu coração.
Como esse livro foi um dos primeiros escritos por ela, o tom
que ela usa é diferente do tom que ela escreveu os mais recentes –como Questões
do Coração e Laços Inseparáveis, os seus dois últimos livros escrito –É um tom
mais leve, mais tranquilo de passar a moral que ela sempre passa pelas
palavras. Baby Proof (peço desculpas, eu não consigo falar o nome dos livros
dela em português, porque, sinceramente, os títulos originais são bem melhores)
conta a história de uma mulher que, pasmem, não queria ser mãe. Não queria por
motivos do passado que a fizeram ter medo de repetir os mesmos erros de sua
própria mãe –uma mãe que, sem dúvida, deixou muito a desejar –Claudia está
convicta de que está muito bem sem filhos
e quer continuar assim, pelo resto dos seus dias. E, sortuda que é,
ainda achou um cara que também não queria ter filhos.
Tudo parecia bem. Parecia. Até que uma mudança sutil fez
todo o casamento perfeito de Claudia e Ben desmanchar como castelo de carta: Ben
resolve que quer ser pai. Assim, uma crise é instalada, e, com medo, Claudia
não aceita discutir sua posição nem Ben aceita desistir de ser pai e só há uma
solução: se separarem.
O título em português –Uma Prova de Amor –deixa bem claro
sobre o que o livro é, depois que você começa a ler. Claudia, em seu caminho
para tentar esquecer Ben, acaba percebendo que amor requer sacrifícios. Ben,
em seu caminho para tentar recomeçar a vida, também chega a conclusão de que o
amor requer sacrifícios –e talvez um pouco de conversa. E eles chegam num
acordo (que você só vai saber quando ler, é óbvio). E o final dessa história você
só conhece por Laços Inseparáveis, porque sim, Emily e sua mania brilhante de
voltar com os melhores personagens nos livros posteriores <3
Te desafio a não amar Bem.
Te desafio a não entender Claudia.
Te desafio a terminar esse livro sem se apaixonar pelo jeito
franco de Emily Giffin de tratar de assuntos complicados de uma forma simples e
clara.
3º lugar –Anjo Da
Escuridão
Depois de dois livros leves, apresento a vocês uma das
minhas maiores surpresas desse ano. Obviamente, eu já conhecia Tilly Bagshawe,
já havia lido a continuação que ela deu ao O Reverso da Medalha –do Sidney
Sheldon –e também a incrível história de Depois da Escuridão. Não foi sem
conhecimento que comprei Anjo da Escuridão, mas, certamente, não foi esperando
um livro tão sensacional que o coloquei na minha lista lá no comecinho do ano.
Para quem não sabe, Tilly é a responsável por continuar o
nome de Sidney Sheldon mesmo depois da morte dele. E tem feito isso com grande
qualidade. Escutem isso de quem achava cegamente que ninguém no mundo poderia
escrever livros com finais melhores do que Sheldon. Fui e continuo sendo
surpreendida por Tilly a cada novo drama que ela lança.
Anjo da Escuridão conta a história de assassinatos cruéis,
de uma mulher deslumbrante, de um passado sombrio e, é claro, de um herói que
está disposto a tudo para desvendar essa trama mortal. Lisa é apaixonante e
angelical. Matt Daley só quer saber quem matou seu pai. Intercalando passado e
presente, Tilly consegue nos prender na história e, pior, fazer com que a gente
acredite na bondade de seus personagens –inclusive na bondade do seu assassino cruel
–até o fim. E, mesmo com o fim, é possível que você ainda acredite neles depois
de um final causador e conturbador.
Se você ainda não leu, está perdendo uma grande oportunidade
de ver uma psicologia pura aplicada do jeito mais doentio e maluco que já vi em
algum livro. Até hoje não tenho uma opinião formada sobre Lisa –um anjo
endemoniado –E nem sobre Matt –o herói que se tornou um vilão, dependendo de
como você leu – A única opinião que tenho é que Tilly merece, cada dia mais,
levar o nome de Sheldon em sua capa.
E que você não deve morrer sem ler esse livro, também.
2º lugar: Holocausto
Brasileiro
Assustador, maluco, doentio, negro, triste. Real.
Insuportavelmente real. Holocausto Brasileiro choca porque não é ficção, não é
criação de um escritor maluco. Aconteceu. E aconteceu numa cidade pacata, com
poucos habitantes, aqui, bem pertinho da minha: Barbacena. O livro narra a historia do hospital psiquiátrico que lá
havia, há um bom tempo atrás, e sobre a crueldade que ali era instalado para
com os loucos e, as vezes, às pessoas normais que só foram presas porque
desafiavam políticos importantes ou a ordem imposta. Parece exagero falar sobre
holocausto, porque a gente sempre lembra da Segunda Guerra Mundial com esse
termo. Mas quando a gente lê as histórias, vê as fotos e se depara com a
crueldade estampada, a gente percebe que foi exatamente isso que aconteceu no
hospital que deveria funcionar para cuidar e tratar dos seus pacientes: um
holocausto.
Tive que parar várias vezes a leitura pra respirar pelo que
lia. Sabe? Ler várias vezes a mesma parte pra ver se acreditava na crueldade
dos homens. Eu terminei o livro questionando até que ponto somos capazes de
machucar as pessoas, percebendo que fazemos isso. Até que ponto a gente
ultrapassa nosso caráter e destrói a dignidade do outro por tão pouco. Terminei
o livro refletindo muito, como vocês podem ver.
Mas deixo aqui uma frase de um psiquiatra sobre o que ele viu nesse
hospital psiquiátrico. E vocês concluam o que quiserem concluir:
“Estive hoje num campo de concentração nazista.
Em nenhum
lugar do mundo presenciei uma tragédia como essa” (Franco Basaglia)
1º lugar: A Culpa É
Das Estrelas
Tantantan. O livro mais falado do ano, é claro, não poderia
faltar na minha lista. Sei que a maioria de vocês já devem ter lido –e se não,
são todos idiotas, desculpe a sinceridade –Mas é que é quase impossível não se
apaixonar por Augustus e Hazel e sobre uma história com dias contados, e nem
por isso menos bonita ou menos intensa. Afinal, alguns infinitos são maiores
que os outros, certo?
Certo.
John Green conseguiu combinar frases bonitas, personagens
humanos, amor na medida, humor sem medidas com uma dose melancólica sobre algo
triste: a morte na adolescência. E faz isso de um jeito que faz com que a gente
queira mudar o rumo dos personagens, prolongar a vida deles, achar a cura pra
suas doenças. Hazel é quem tem a doença terminal, é quem tem os dias contados,
é quem sabe que vai morrer algum dia. Hazel não tem escolhas. Aprendeu a viver
cada dia como se fosse o último porque, ela sabe, um dia será, mais do que
qualquer outra pessoa saiba. Já Augustus teve um hiatos entre sua doença e sua
cura, o câncer sumiu e ele tem mais expectativa de vida do que Hazel. Pois é,
mas nem sempre quem aparentemente está bem vive mais do que quem tem seus dias
contados, não é?
Acho que a maior lição desse livro –além do amor lindo que
os dois vivem, é claro –é que por mais que você seja diagnosticado com alguma
doença sem cura com data contada, a gente nunca sabe quem vai primeiro ou quem
vai depois. A vida é imprevisível. Amanhã pode ser o último dia de muita gente
com saúde e feliz e pode haver muitos dias para uma pessoa que sabe que vai
morrer por uma doença terminal. É triste, mas ao mesmo tempo é bonito, sim.
Aproveitar cada segundo deveria ser uma obrigação nossa, de todos, com saúde ou
não. Além disso, apesar de ter achado que o final poderia ser um pouco melhor,
concordo com Augustus. Não dá para escolher se você vai ou não se ferir nesse
mundo, mas dá para escolher quem vai nos ferir. E cabe a nós aceitarem.
Hazel aceitou.
Tomara que você aceite as suas também.
Bom, essa é minha lista, nem sempre surpreendente, sobre os
livros que mais amei nesse ano. E você? O que leu e o que gostaria de ter lido
em 2013? De quais gostou mais? Leu algum da lista e discorda? #COMPARTILHE com
a gente, eu tô louca pra saber a lista de vocês também.
A Culpa é das Estrelas é realmente um livro maravilhoso. O que mais gostei foi que o Green não fez os personagens doentes como heróis, que fazem todos a volta aprenderem e tal e tal - tipos aqueles filmes clichês dos filmes da Sessão da Tarde. Hazel e o Gus são personagens erais, que sabem que são doentes mas não eixam a doença os moldar. Tem vida, humor (a maioria das vezes negro), e não tem aquela ânsia de querer viver o máximo que pode antes de morrer - eles vivem normalmente, como todo nós. É um livro maravilhoso, sem mais, que eu amei <3
ResponderExcluirhttp://inventoafala.blogspot.com/
Não tem como não gostar de A Culpa É Das Estrelas ne?
Excluireles são reais demais
<333
baby proof, né s2
ResponderExcluireu acho que o que eu mais gostei nessa história da Giffin foi a coragem da personagem em lidar com as situações e a honestidade dela em aceitar os erros. grandes chances de ele aparecer na minha listinha também.
Giffin s2 hahahahahhaaha
Excluircomo fazer uma lista sem Emily, afinal?!
O único dai que eu li foi "A culpa é das estrelas" e amei! Sou louca para ler algo do Sidney Sheldon.
ResponderExcluirSeguindo e curtindo seu cantinho. Beijão,
destemidagarota.blogspot.com
Nunca leia Sheldon porque se não você nunca vai parar de lê-lo
ExcluirHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHHAHAHAHA