domingo, 6 de março de 2016

Aquilo que o caminho me trouxe

Se lá atrás, quando eu tinha 17 anos e achava que aquele carinha da minha sala era o amor da minha vida, me falassem que ele na verdade não era, porque o grande amor da minha vida seria bem maior, bem mais intenso, bem mais lindo, eu iria rir, em meios as lágrimas. Porque achei que nada seria maior que aquilo. 

Quando tive meu primeiro coração partido me falaram que tudo ia ficar bem, que iria passar, e que no futuro eu nem iria lembrar disso porque encontraria alguém que faria tudo valer. De novo, eu não acreditei. Achei que aquela dor não ia passar e que o amor só existia pra doer na gente. 

Aí eu assisti um filme de romance e fiquei desejando aquela história. Mas achava que aquele tipo de amor não existia, porque ninguém é perfeito, né? Todo mundo tem defeitos e não dá pra ser tão feliz assim com alguém. Então, fiz o que qualquer pessoa normal faria: devorei um pote de sorvete com lágrimas correndo fingindo que me conformava que não ia viver uma grande história de amor. 

O tempo passou e todas as minhas amigas viveram namoros intensos e eu fui ficando pra trás. O tempo foi passando mais, com 18, 19, 20, 21 anos… nada. E eu achando que realmente essa história de amor não era pra mim. Achei que teria que pagar algum tipo de carma nessa vida pra poder ser feliz com alguém, quem sabe, em outra eternidade. 

E olha que sempre fiz a linha romântica incorrigível, viu? Mas não acharia possível a existência de alguém que me fizesse tão feliz, tão completa, tão leve. Tão amada. Não depois de ter quebrado tanto a cara. 

Se, anos atrás, alguém me dissesse que eu iria te encontrar, juro que não acreditaria. Se alguém pedisse pra eu descrever a pessoa perfeita pra mim, ainda assim não saberia inventar você. Eu não saberia inventar o seu olhar, o seu toque, a sua voz, seu calor, seu cheiro, seu amor. Eu não saberia inventar alguém que encaixe tanto em mim quanto você encaixou. Eu não saberia inventar você, simplesmente porque achei que alguém assim não existia.

Não saberia inventar o nosso amor porque ele é melhor do que qualquer coisa que eu já vivi: ele é real. E é só nosso. Só a gente sabe como se faz feliz. Só a gente sabe a sorte que temos. Só a gente sabe como somos gratos por termos um ao outro. 

Hoje, se alguém me perguntasse se eu me arrependo de tudo que vivi, diria que não. Tudo me trouxe até aqui e o meu hoje é você. E você é a maior felicidade que eu já senti, o amor mais completo e intenso que eu nem sonhei que existiria e, veja só, tampouco consigo colocar em palavras. Mas vou passar o resto da minha vida tentando transcrever metade da mágica que estamos vivendo. 

Se você aí - é! você mesmo! -  tá duvidando do amor… Confia em mim: tudo que a gente passa, de bom e de ruim, é pra construir o caminho que vai nos levar pra uma felicidade que você nem sabe que existe. 

E vai valer a pena. Garanto. 


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